sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Fósseis e Fossilização


  

Definição: O termo fóssil vem do latim “fossilis”, que significa “ser desenterrado” ou “extraído da terra”. Estes são restos ou vestígios de animais, vegetais, algas, fungos, etc. que viveram em tempos pré-históricos.




Podemos definir um fóssil como, Somafósseis que correspondem aos “restos” de seres vivos, como por exemplo, os dentes, ossos, conchas, etc. e os Icnofósseis que correspondem aos vestígios de seres que viviam no passado, por exemplo, pegadas, ovos, tocas, etc.

Para um organismo se tornar um fóssil tem de passar por um processo de fossilização. 
Estas imagens mostram o processo de fossilização de um peixe.






Quando o peixe morre, ele é decomposto por bactérias e fungos que degradam a matéria orgânica.
 
Depois, o peixe é enterrado para protecção dos agentes decompositores da água.
 
Após o enterramento o peixe passa por um processo de compactação e cimentação e com passar do tempo vão-se formando camadas. 

Nestas condições o peixe pode ser considerado um fóssil. 

Pela imagem podemos observar que posteriormente, se forma uma dobra e uma falha que fará com que o peixe fique mais próximo da superfície onde pode ser encontrado pelo Homem ou não.


Este processo de fossilização dura milhões de anos, e não de uma hora para a outra.









Os fósseis originam-se de várias maneiras, daí os diferentes tipos de fossilização:









A importância dos fósseis é pelo simples facto de permitirem investigar seres vivos que viveram há muito tempo atrás, de modo a evidenciar o processo evolutivo dos mesmos. Além disso, são úteis para o reconhecimento da distribuição dos antigos mares e continentes e do ponto de vista prático na indústria do petróleo e do carvão.



Os fósseis estão naturalmente preservados em rochas sedimentares, pois ocorrem dentro de rochas que são aglomerados de dois ou mais minerais formados por processos naturais. Podem também aparecer em rochas metamórficas, mas muito raramente. 








Os fósseis para além de constituírem peças de colecção de rara beleza, têm também uma imensa variedade de aplicações na ciência moderna.

Por exemplo, os fósseis são evidências materiais de organismos diferentes dos actuais, permitindo conhecer a evolução das espécies – Paleontologia Evolutiva.



Exemplo de árvore evolutiva da família Hominidae (esquerda)Árvore evolutiva humana dos últimos 5 Ma (direita)




Podem também ser utilizados, no que diz respeito ao estudo de todos eles na mesma unidade geológica, integrados no mesmo substrato, permitindo determinar as relações existentes entre os vários organismos e o ambiente – Paleoecologia.
Exemplo de reconstituição paleoecológica do Cretácico superior do Baixo Mondego:
  




 
Uma vez que alguns organismos apenas sobrevivem em condições climáticas muito restritas, estes constituem bons indicadores de climas do passado - Paleoclimatologia.


Os fósseis também podem ser úteis nos estudos de tectónica, pois um fóssil deformado comparado com um original, permite-nos quantificar a deformação sofrida por uma determinada rocha.
 

Por fim, a aplicação provavelmente mais importante reside na capacidade de determinação da idade das rochas que os contêm, uma vez que cada intervalo de tempo tem fósseis característicos (denominados também por fósseis de idade) - Biostratigrafia.





A observação de unidades estratigráficas com o mesmo conteúdo fossilífero permite a sua correlação.







BIBLIOGRAFIA



·        http://www.ufrgs.br/paleodigital

·        http://fossil.uc.pt/pags/utili.dwt









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